“Eu morri com o meu filho, e os policiais não estão pagando pelo que fizeram”, disse aos prantos a doméstica Rosemeire de Cássia Giovanelli, mãe de Alex Sandro, que comemorava seu aniversário de 30 anos comendo pizza e tomando refrigerante com três amigos na porta de casa quando foram assassinados com tiros à queima roupa.
Cinco policiais militares chegaram a ser presos e indiciados sob suspeita de serem os responsáveis pela chacina, que ocorreu em diversos bairros do Ouro Verde, periferia de Campinas, após um policial fora de serviço ser assassinado em um posto de gasolina na região. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem até a publicação desta reportagem.
A carreata percorreu a principal avenida do Ouro Verde na tarde deste domingo, dia 11, e terminou em um dos locais da chacina, onde familiares e amigos rezaram, choraram e colocaram vasos de flores no local onde os quatro rapazes estavam sentados quando foram mortos. “O sentimento é de revolta e indignação.
Eu cometi um ato infracional em 2010 e fui penalizado. Quem são eles para dizer quem deve morrer ou viver?”, questiona Moisés Boccardo, primo de Patrick e Peterson, que foram assassinados junto com Alex Sandro. Moisés cumpriu quatro anos e nove meses de pena por assalto à mão armada e estava preso quando ocorreu a chacina. “Senão eu seria mais uma vítima. É essa a lei? É essa a Justiça?”, questiona..