O SNEA manteve a proposta de reajuste salarial de 6,33%, que inclui a reposição integral da inflação acumulada até 1º de dezembro - data-base da categoria -, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Os trabalhadores reivindicam 11% de aumento salarial e aplicação do INPC nos demais itens econômicos. Segundo o sindicato dos aeroviários, nem nas cláusulas sociais houve avanços. A última rodada de negociação ocorreu na última quinta-feira (18).
Diante da falta de avanços nas conversas, os trabalhadores decidiram em assembleia que vão fazer manifestações "surpresas" em alguns aeroportos a três dias do Natal, quando os saguões deverão estar lotados de pessoas em busca de passar as festas com amigos e familiares.
"Toda a base está mobilizada para esta data. Faremos uma atividade que mostrará o poder de organização dos trabalhadores. O formato será uma surpresa, aguardem", informa o diretor financeiro da FENTAC e presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Orisson Melo.
Na quinta-feira passada (18) foi cogitado pelas empresas aéreas um reajuste acima da inflação nos benefícios, como vale-refeição e cesta básica. No entanto, as empresas não apresentaram um índice aos trabalhadores. "Eles querem avançar apenas nos benefícios, mas não apresentam um valor, fica difícil negociar", pontuou o presidente da FENTAC/CUT, Sérgio Dias.