Sinalizou, entretanto, que o Estado deverá levar à Assembleia Legislativa novas leis voltadas à questão da segurança. O Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente, julgando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) sobre uma legislação estadual de Alagoas, acabou abrindo uma possibilidade maior de os Estados legislarem sobre questões afetas à segurança pública. Vamos explorar isso para trazer novos mecanismos legais de combate à criminalidade, nos moldes do que na Europa se denomina subsidiariedade, ou permitir que as localidades possam legislar mais, afirmou.
Moraes já foi presidente da antiga Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem) e, segundo Alckmin, participou da criação da minuta de um projeto de lei que o governo paulista defende para manter adolescentes detidos por mais tempo na Fundação Casa - que depende de aprovação do Congresso.
O secretário também sinalizou a intenção de aumentar a interlocução com o governo federal e com os municípios para planejar ações policiais e disse que era preciso acelerar ações já em andamento voltadas para incrementar principalmente as ações de inteligência policial - as investigações.
O novo secretário participou da gestão Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura entre 2007 e 2010, quando acumulou os cargos de presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transporte (SPTrans), além de secretário de Transportes e de Serviços. Ficou conhecido como supersecretário, administrando um orçamento de cerca de R$ 5 bilhões - até romper com Kassab e deixar o governo, na época que o ex-prefeito articulava a saída do DEM e criação do PSD. O atual secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, foi convidado por Alckmin para assumir a Secretaria da Justiça, mas recusou o convite.