A investigação, iniciada há quatro meses, com base em informações repassadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, descobriu que cinco indústrias de municípios próximos a Lajeado pagavam propinas de R$ 3 mil a R$ 5 mil para agentes públicos que reduziam exigências no controle de qualidade do leite, agilizavam processos burocráticos e até avisavam quando chegavam fiscais de outras cidades para vistorias na região.
Um dos investigados chegou a pedir o pagamento de um 13º da propina. O nome dos envolvidos e das empresas que participavam do esquema não foi divulgado.
Desde maio de 2013, o Ministério Público do Rio Grande do Sul já prendeu 24 pessoas e denunciou outras 43 por adulteração do leite no Estado. Já existe sentença condenatória nas Comarcas de Ibirubá e Horizontina contra sete pessoas, com penas que variam entre dois e 18 anos de prisão em regime fechado.
Entre as fraudes mais comuns estão a adição de ureia contendo formol (para mascarar a adição de água) e a recuperação de leite estragado com substâncias como peróxido de hidrogênio e soda cáustica..