Desde que foram instalados na rotatória do mercado municipal, os enfeites atraíram críticas dos moradores e também nas redes sociais. Internautas referiam-se às árvores como monstrengos de lixo e pousada de urubus. Os que assumiram os comentários foram mais ponderados, como Basílio Zechini Filho. Como muitos disseram, pareciam restos de lixo presos em galhos após uma enchente. Talvez a proposta não tenha sido entendida. Arte é arte e tem de ser respeitada.
A internauta Tina Leme Scott preferiu criticar a decisão da prefeitura de Bragança Paulista: Retirar o trabalho foi uma atitude no mínimo arbitrária.
Segundo a prefeitura, o artista foi contratado e apresentou uma proposta condizente com o tema Natal Sustentável. O objetivo era reaproveitar materiais de decoração dos anos anteriores e evitar que fossem descartados no meio ambiente, de forma a gerar economia para o município. O empresário Fábio Coimbra, de 42 anos, aprovou a retirada, pois achou os enfeites de mau gosto. Por mais que se fale em arte, aquilo não tinha nada a ver com o espírito do Natal. Também houve quem se solidarizasse com Delduque. O erro é a posição geográfica. Essa árvore de Natal deveria estar em Paris, Barcelona, talvez Amsterdã, afirmou a artista Viviane Mendes.
Um dos idealizadores do conceituado Festival de Arte Serrinha, Delduque disse que entendia as críticas e agradeceu aos que elogiaram o trabalho. Minha cidade precisa abrir sua cabeça e enxergar outras perspectivas. Em outra mensagem, ao ser informado da retirada dos enfeites, ele fez outro desabafo: Comprar um monte de coisas chinesas prontas na 25 de Março não contribui em nada para nenhuma reflexão crítica e muito menos para a economia da cidade..