Embora mantida em segredo, a iniciativa alentará as negociações em Lima e poderá facilitar, ao longo de 2015, a conclusão do acordo que substituirá o Protocolo de Kioto, de 1997.
A discussão para valer, em Lima, começa na quarta, quando os ministros de boa parte dos 193 países das Nações Unidas estarão no comando de suas delegações. Eles terão, em tese, poder político para superar travas e chegar a um consenso sobre o formato do acordo final, a ser concluído em Paris na COP-21, em novembro. Os compromissos numéricos de cada país podem até ser indicados em Lima. Mas só serão conhecidos a partir de março de 2015. Em princípio, espera-se que o conjunto de obrigações escritas no acordo de Paris seja suficiente para impedir a elevação da temperatura média do planeta em mais de 2ºC no final deste século.
A Índia é o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa da atualidade, depois da China, a campeã, e dos EUA. Em 2013, foi responsável por 6,5% das emissões mundiais. A China respondeu por 27,5%, e os EUA, por 14,5%.
Em novembro, os EUA se comprometeram a emitir de 26% a 28% menos gases do efeito estufa até 2025, com base nos dados de 2005. Em 2050, essa redução será de 80%. Mas o Congresso americano, agora de maioria republicana, tende a se opor a essa oferta. A China prometeu atingir o pico de emissões em 2030, quando começará sua curva descendente. Nesse mesmo ano, as fontes renováveis deverão responder por 20% de sua matriz energética. Nenhuma dessas ofertas parece suficientemente clara aos negociadores, nem o bastante para limitar os termômetros.
A União Europeia já havia antes feito um movimento voluntário considerado ousado: prometeu reduzir suas emissões, em 2030, para 40% do volume registrado em 1990. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..