As amostras foram coletadas para análise laboratorial em um ponto de distribuição, escolhido aleatoriamente, em cada uma das cinco regiões da cidade, entre os dias 4 e 5 de novembro. Em três delas não foram detectados problemas: Santana, na zona norte; Perdizes, zona oeste; e Vila Buarque, na região central. Os índices de metais estavam de acordo com os parâmetros de qualidade nas cinco amostras.
Como nem todos os casos avaliados apresentaram os mesmos resultados, a Proteste afirma que não é possível responsabilizar a rede de tratamento pela presença da bactéria e que os dados refletem um "cenário" dos pontos de distribuição no período de coleta. Segundo a associação, a presença de coliformes totais tornaria água não potável nesses dois locais.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diz que a água distribuída à população é potável e que cumpre a legislação. "A norma brasileira, definida pelo Ministério da Saúde, diz que a água não pode conter Escherichia Coli (bactéria que causa infecção). Como mostram os resultados, nenhuma amostra tinha esse componente", afirma, em nota.
De fato, uma portaria do Ministério da Saúde determina que, em casos de presença de coliformes totais, devem ser adotadas ações corretivas, além de fazer a coleta de novas amostras em dias sucessivos até que os resultados sejam satisfatórios. Uma proporção de amostras com resultado positivo para coliformes totais é admitida mensalmente, com exceção dos casos de repetição na coleta.
Novas coletas
A Proteste pediu à Sabesp que novas coletas sejam feitas nos locais onde o resultado de coliformes totais foi positivo.
A Sabesp afirma, ainda, que realiza mais de 2,6 mil análises por mês e todas têm atestado a qualidade da água, de acordo com os padrões do Ministério da Saúde. Sobre o levantamento da Proteste, a Sabesp afirma que "foram feitas apenas cinco análises em um universo de 20 milhões de clientes"..