O objetivo da expansão é estudar, experimentalmente e numericamente, cenários de escoamento multifásico com fluidos de modo a reproduzir o comportamento do CO2 sob altas pressões, além de ampliar as dimensões de estudos em andamento, como o do separador de gás de fundo do poço para bombeio centrífugo submerso (BCS).
A expansão foi financiada pela Petrobras, ao custo de cerca de R$ 3,5 milhões, investidos em novas instalações e equipamentos. Os recursos aportados ao Lemi contribuem para o cumprimento de obrigação contratual da estatal para com a Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
"Vamos combinar técnicas óticas de medição a laser da velocidade de escoamento de petróleo, gás e água, visualização rápida e em alta definição das propriedades desses fluidos e medição de suas densidades por meio de técnica nuclear com raios gama. Aliar técnicas e instrumentação química, física e nuclear em um laboratório de mecânica de fluidos e em escala industrial é inédito no Brasil", afirma, em nota, o coordenador do laboratório, Oscar Maurício Hernandez Rodriguez.
O novo prédio, com área de cerca de 2 mil metros quadrados, funciona no campus 2 da USP - São Carlos e se soma às antigas instalações do laboratório, de cerca de mil metros quadrados, situadas no campus 1 da universidade. Ao todo, no Lemi, trabalharão dez cientistas e dez alunos de pós-graduação, principalmente das áreas de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica. O laboratório é vinculado ao departamento de Engenharia Mecânica da USP.
Apesar de ser financiado pela Petrobras, o Lemi não tem contrato de exclusividade com a companhia e poderá atender a demandas de outras empresas, inclusive multinacionais. É o caso da BG, produtora de gás natural, que já tem projeto em contratação para 2015..