O secretário, que ainda não anunciou se permanecerá no cargo em 2015, classificou o caso como "gravíssimo", cometido por um "bandido travestido de policial", e afirmou que "fatalmente" as armas vão parar nas mãos de criminosos.
"É um fato muito grave, gravíssimo.
"Por isso que, se foi um policial, foi um bandido travestido de policial, porque essas armas fatalmente vão ser usadas contra colegas, pessoas que estão operando a segurança pública como deve ser operada."
Beltrame participou, ao lado do comandante da PM, de solenidade de formatura de 484 novos PMs. Ele garantiu a permanência do coronel no cargo. "A primeira coisa que temos de fazer é buscar a verdade dos fatos. De posse da verdade, providências serão tomadas. O que não podemos é agir em cima de ilações, de achismo, de antecipação e de juízo de valor. Isso eu não faço", declarou o secretário. "Na medida em que tivermos a verdade dos fatos e isso for homologado pelo judiciário, aí, sim, nós temos tranquilidade e senso de justiça para tomar as medidas que devem ser tomadas."
Segundo o corregedor da PM, coronel Sidney Camargo, não são apenas três os PMs presos administrativamente, conforme havia sido informado na quarta-feira pela corporação, mas nove: os três do plantão da madrugada e manhã do CMM e outros seis da guarda do BPChoque, estes por "transgressão da disciplina", já que o furto ocorreu durante seu período de trabalho.
"Ainda não identificamos o responsável, mas já temos uma linha de investigação que por ora não vamos divulgar.
Segundo o corregedor, apesar de haver sistema de monitoramento interno no quartel, não havia nenhuma câmera voltada exclusivamente para a sala onde estavam as armas (ele também atualizou a contabilidade do material furtado: 29, e não mais as 28 divulgadas anteriormente).
O coronel acredita que o furto tenha ocorrido na madrugada de terça-feira, 28, para quarta-feira, já que na última contagem, à 1h15, elas estavam lá.
Por volta das 6h, um PM percebeu que a porta da sala de reserva estava aberta, com um cadeado arrombado. Ele e outros dois militares do CMM, que estavam de plantão na madrugada, estão presos administrativamente e prestando depoimento por suspeita de participação no crime. O corregedor não estabeleceu prazo para o fim da investigação..