Segundo uma resolução do dia 7 de julho da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), que regulam o manancial, a retirada dos 182,5 bilhões de litros do primeiro volume morto do Cantareira, iniciada no dia 31 de maio, deve ocorrer até a cota de 815 metros das Represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, totalizando 104,3 bilhões de litros, e até a cota de 777 metros na Represa Atibainha, que compreende 78,2 bilhões de litros adicionais.
Nesta segunda, contudo, segundo o boletim técnico, o nível da água na Atibainha já estava na cota 776,77, ou seja, 33 centímetros abaixo do limite mínimo autorizado para captação. O patamar corresponde a 3,2 bilhões de litros retirados da represa para abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas, deixando o reservatório com capacidade negativa em 3,32%. Nas represas Jaguari-Jacareí restavam ainda 21,3 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, ou 2,63% da capacidade. Os dados são fornecidos aos órgãos pela própria Sabesp.
No dia 14, uma vistoria feita pela ANA na Atibainha constatou que o nível da água estava 38 centímetros abaixo da cota mínima autorizada. No relatório da Sabesp daquele dia, porém, o nível estava 2 centímetros acima do limite e só zerou no dia 15, quando técnicos da agência voltaram ao reservatório e identificaram que as réguas de medição haviam desaparecido.
O presidente da ANA, Vicente Andreu, pediu providências ao DAEE. À época, o uso da segunda reserva estava proibido por uma liminar, revertida pelo governo paulista no dia 16.
Lago
Em Limeira, o Rio Jaguari ficou 32 centímetros mais baixo em uma semana e a água teve problemas de qualidade. Para evitar o colapso, a captação ocorre em um lago do Ribeirão do Pinhal.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..