Os dados foram coletados por meio de entrevistas com 1.000 pessoas, entre junho e julho, em dez locais da cidade: duas praças que receberão redes de wi-fi gratuito de cada região da cidade. Até o fim do ano, a Prefeitura promete instalar essas redes em 120 praças da região. Até a primeira quinzena de outubro, instalou 71. A pesquisa faz parte de um monitoramento que a universidade fará do consumo de internet na cidade.
Ao todo, 72,9% dos entrevistados afirmou que tem conexão de banda larga dentro de casa. Mas 19,4% das pessoas não tem nenhum tipo de conexão em casa - porcentual só um pouco maior do que o total de pessoas que disseram não ter computador em casa, 18%. Dentre as pessoas que não tem um PC, 46% disseram que é por falta de interesse - 11,1% das pessoas disseram que não têm condições de ter internet em casa.
Só 28% dos entrevistados usa a internet no trabalho.
Depois das redes sociais, os serviços mais acessados na cidade são as buscas e a leitura de e-mails, que são feitas por 21% das pessoas. Só 16% das pessoas entra na internet para ver notícias, porcentual próximo do total que navega na rede em busca de jogos e lazer (12,2%). Só 2,7% das pessoas entra na internet prioritariamente para trabalhar pela rede, de acordo com o levantamento.
A UFABC tem um convênio com a Prefeitura para acompanhar a efetividade do serviço que está começando a ser oferecido nas praças com wi-fi. Daqui um ano, será feita uma nova pesquisa, para identificar mudanças nos padrões de consumo da internet na cidade, e verificar mudanças no programa.
A Prefeitura cogita, futuramente, transferir a oferta de wi-fi à iniciativa privada. Em troca do direito de explorar espaço publicitário, a empresa ficaria encarregada de oferecer banda larga de alta velocidade e em mais locais. O projeto, entretanto, ainda está na fase de discussões internas da Prefeitura..