A ministra também disse que "há indícios muito graves (de que o fogo no Parque) está sendo provocado por atividades criminosas" depois que os brigadistas encontraram uma lata com combustível usada para incendiar a mata.
Na sexta, a frente de fogo estava restrita ao Morro do Mamute e vinha sendo controlada pelas brigadas federais na parte oeste, perto de Itaipava, distrito de Petrópolis, na divisa com Teresópolis. Neste sábado, ela seguiu para o Morro da Luva, já na Travessia Petrópolis-Teresópolis, na parte alta do parque.
"A região é sensível, o fogo avança rápido, mas já estamos deslocando os brigadistas de helicóptero para impedir que o fogo chegue à escarpa (penhasco ou encosta íngreme)", explicou o coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio, Christian Berlinck, que sobrevoou a área.
Outra dificuldade enfrentada pelos brigadistas é um fenômeno natural conhecido como "fogo de tufa", característico desta região de Mata Atlântica. As chamas correm por baixo do chão, queimando as raízes das árvores.
Neste sábado, um helicóptero da Polícia Civil ajuda no deslocamento de 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) que deixarão o acampamento no Morro do Mamute e irão para a nova frente de avanço das chamas. Um helicóptero do Ibama também ajudará nos lançamentos aéreos de água.
Equipes do Ibama e da Polícia Militar fiscalizam o entorno do parque para tentar identificar possíveis incendiários. Neste sábado, 21 brigadistas de outros parques do ICMBio que foram deslocados para ajudar no combate ao fogo. Ao todo, 80 brigadistas do Ibama, ICMBio e voluntários trabalham na Serra dos Órgãos.
Enquanto isso, 600 homens do Corpo de Bombeiros atuam no combate às chamas na zona urbana que já se aproximam das casas, que continuam ocupadas pelos moradores..