"A boa notícia é que (os países) têm progredido e assumido compromissos concretos para implementação das metas. Entretanto, o GBO4 nos mostra que esse esforço precisa ser redobrado", diz o secretário executivo da CDB, o brasileiro Braulio Dias, na introdução do relatório. O documento foi divulgado hoje para coincidir com a abertura da 12.ª Conferência das Partes (COP12), em Pyongyang, na Coreia do Sul.
As Metas de Aichi foram criadas no Japão, em 2010, durante a COP10. São ao todo 20, subdivididas em um total de 56 objetivos, relacionados a temas como a proteção de espécies ameaçadas, a recuperação de ecossistemas degradados, a criação de áreas protegidas, o fim do desmatamento, a redução da poluição e a educação sobre a importância da biodiversidade.
Preocupação maior. Os objetivos que estão mais longe de serem alcançados são os que dizem respeito à conservação de espécies e ecossistemas essenciais. "A perda de hábitats florestais foi significativamente freada em alguns lugares, como no Brasil. No entanto, o desmatamento continua a crescer em várias regiões tropicais e hábitats de todos os tipos continuam a ser fragmentados e degradados", diz o relatório.
As cinco metas bem encaminhadas para 2020 referem-se à proteção de ambientes terrestres (meta de 17%), ao aumento do conhecimento científico sobre a biodiversidade, à formulação de planos estratégicos nacionais e à implementação do Protocolo de Nagoya, sobre recursos genéticos e repartição de benefícios, que entrará em vigor nesta conferência.