Na próxima reunião da diretoria da agência, Barbano vai propor novas regras para tentar restringir a venda dessas três substâncias. A indústria teria de apresentar, para obter ou renovar registro dos medicamentos, estudos demonstrando a eficácia e segurança das drogas. Outra medida proposta é proibir que o remédio seja preparado em farmácias de manipulação. Barbano mais uma vez criticou a decisão do Congresso de liberar a venda dos medicamentos. "Foi uma decisão irresponsável e perigosa. Não sei quem ganhou com isso", afirmou. Ele não sabe, no entanto, a opinião de seus colegas de colegiado sobre o tema.
A liberação sacramentada na sexta, no entanto, tem eficácia limitada.
Para farmácias de manipulação, completou, a retomada é mais fácil. "Basta ter a matéria-prima autorizada para uso", disse. A mesma resolução que proibiu a venda de Mazindol, Anfepramona e Femproporex, de 2011, trouxe regras mais rígidas para a venda de outro remédio usado no tratamento da obesidade, a Sibutramina. Tais regras caíram com o decreto. "Para esses medicamentos, agora é exigido apenas o receituário de via azul", disse Mussolini. Barbano avisou que também vai propor a reedição das regras mais rígidas para Sibutramina.
A resolução da Anvisa foi aprovada em 2011, depois de audiências públicas que reuniram representantes de sociedades médicas e pesquisadores. A Anvisa avaliou que o remédio trazia mais riscos do que benefícios. Além disso, não havia estudos que demonstrassem a eficácia do medicamento.