O Ministério do Planejamento havia estabelecido um limite de aproximadamente R$ 200 milhões para o ICMBio, que apontou dificuldades para manter a atual estrutura e negociou uma expansão para R$ 280 milhões, mas apenas R$ 234,5 milhões foram incluídos no projeto.
Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio foi criado em agosto de 2007, na gestão da então ministra Marina Silva, hoje candidata a presidente pelo PSB. O orçamento dos dois primeiros anos de atuação do órgão não foram usados na comparação porque o instituto estava se estruturando.
Em muitos parques, a situação atual é de penúria. Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no fim de 2013 concluiu que apenas 4% das unidades de conservação na Amazônia estão devidamente implementadas. A maioria não tinha plano de manejo, quadro de funcionários ou infra-estrutura minimamente adequadas para funcionar.
Levantamento feito pelo professor Carlos Eduardo Frickmann Young, que coordena o Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Gema) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que a retração de despesas afeta toda a área ambiental.
Embora os gastos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) tenham crescido em termos reais, eles subiram em ritmo menor que o do orçamento federal. Em relação ao gasto total, as chamadas despesas discricionárias (não obrigatórias) do MMA vêm caindo.