O delito do coronel, então comandante do 50º Batalhão de Polícia da Capital, em Interlagos, zona sul da cidade, foi ter ido para casa mais cedo no dia 15 de novembro do ano passado.
Nassaro, no entanto, voltou para casa, em Santa Cecília, entre "17h e 18h", segundo a sentença do caso. Seu advogado, Giuliano Mazitelli, argumentou que não houve dolo (intenção) de prática de crime por parte do coronel, mas que ele agiu assim "em um momento de aflição e o acusado estava atento ao que se passava na unidade que comandava, pois seu motorista permanecia na rádio-escuta", segundo trecho da decisão judicial sobre o caso. A Justiça decidiu condená-lo a 6 meses de prisão em regime domiciliar.
Há dois meses, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem que mostrava que a Corregedoria da PM havia aberto um inquérito para apurar abusos cometidos por policiais durante o protesto de rua do dia 13 de junho - a noite mais violenta das manifestações, que terminou com 105 civis feridos. Nenhum PM havia nem sequer sido identificado como autor de atos suspeitos. A PM foi questionada sobre o fato de apenas crimes relacionados à disciplina militar terem chegado à Justiça, mas não respondeu..