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Estado de Minas

Corregedoria da polícia investigará perícia de explosivo

Segundo investigadores, por se tratar de um líquido inflamável, as propriedades químicas explosivas podem ter evaporado enquanto o artefato ficou parado no Deic


postado em 18/08/2014 18:37 / atualizado em 18/08/2014 18:57

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga porque o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) demorou 33 dias para encaminhar para perícia o suposto material explosivo, apreendido com os dois ativistas acusados de serem black blocs.

A suspeita é a de que o escrivão responsável pelo caso não tenha enviado o artefato para o Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar (Gate) em um prazo útil, invalidando a prova. Segundo investigadores, por se tratar de um líquido inflamável, as propriedades químicas explosivas podem ter evaporado enquanto o artefato ficou parado no Deic.

O professor de inglês Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, e o técnico laboratorial Fábio Hideki Harano, de 26, tiveram as prisões revogadas pela Justiça, no último dia 7, depois que laudos da Polícia Científica e da PM comprovarem que o líquido que a polícia diz ter encontrado com eles não apresentava propriedades explosivas.

Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de Harano, não acredita em erro do Deic. "A polícia demorou para submeter à perícia porque os policiais que colocaram isso na bolsa fizeram apenas para justificar a prisão preventiva. Demoraram para mantê-los presos", afirmou.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o suposto artefato explosivo ficou dentro do Deic entre os dias 23 de junho, o mesmo em que a dupla foi presa, e 25 de julho, quando então o material foi encaminhado para o Gate. No mesmo dia, a PM enviou o líquido para o Instituto de Criminalística.

Em 4 de agosto, 11 dias depois da Polícia Civil enviar o suposto explosivo para perícia, o Gate recebeu o resultado dos testes. O laudo foi enviado para o Deic e o Tribunal de Justiça (TJ). O atraso, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, é alvo de investigação da Corregedoria da Polícia Civil desde o dia 31 de julho.

Foi justamente a acusação de porte de material explosivo que manteve a prisão preventiva dos dois acusados. Pelo estatuto do desarmamento, a acusação feita pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, aceita pela Justiça, equivale ao porte ilegal de arma de fogo.

O advogado de Harano, afirma que a prisão de seu cliente foi "política" e eleitoreira. Durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira, 13, o ativista afirmou que o explosivo foi forjado pelo Deic.

Harano contou que durante o depoimento para o escrivão responsável pelo caso, um outro policial do departamento apresentou o suposto artefato. O ativista tinha sido detido dentro da Estação Consolação da Linha 2-Verde do Metrô, após uma manifestação pacífica contra a Copa do Mundo na Avenida Paulista. Ele afirmou que durante a revista os investigadores não encontraram nenhum explosivos em sua bolsa e também afirma não ser black bloc.


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