Jornal Estado de Minas

Motorista alcoolizado atropela e mata atleta na USP

Um motorista alcoolizado atropelou cinco pessoas dentro do câmpus da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital paulista, na manhã de ontem.
Um homem morreu e uma mulher ficou gravemente ferida. Eles praticavam corrida em uma das principais vias da Cidade Universitária quando foram atingidos pelo veículo em alta velocidade. O condutor do carro foi preso.

O acidente aconteceu por volta das 9 horas. O grupo de atletas corria perto do meio-fio da Avenida da Universidade, ao lado da Faculdade de Educação, quando foi atingido pelo Toyota Corolla. O analista de sistemas Alvaro Teno, de 67 anos, que é corredor, foi atingido e arremessado a uma altura de 2 metros. Ele chegou a ser levado para o Hospital Universitário, dentro do câmpus, mas não resistiu e morreu ainda pela manhã.

A médica otorrino Eloísa Pires do Prado, de 43 anos, foi levada no helicóptero da PM para o Hospital Samaritano, na região central, com lesões nas pernas, quadril e traumatismo craniano. Ela passou por cirurgia e, às 19h40, foi levada para o quarto.
Eloísa faz parte da equipe médica do Samaritano. As outras três vítimas, um homem e duas mulheres, se feriram com menos gravidade.

O motorista do veículo, o pedreiro Luiz Antonio Machado, de 43 anos, foi preso em flagrante - o teste do bafômetro deu positivo. O exame detectou 0,54 decigramas de álcool. Ele foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal e embriaguez ao volante. Ele está preso no 91.º DP e se recusou a prestar depoimento, segundo o delegado Mário Torina. Machado tem passagem pela polícia, mas o delegado não deu detalhes. Aos policiais militares que atenderam a ocorrência, Machado teria falado que estaria indo trabalhar e dormiu ao volante. O veículo não está em seu nome, porque é financiado.

Álvaro Teno corria na USP havia 30 anos. Filho da vítima, o administrador Adolfo Martins Teno, de 35 anos, pede justiça. "A gente vê todos os dias acidentes por embriaguez, e as pessoas continuam dirigindo assim. Não dá para entender", disse. "Agora foi dentro de um local que é tradicional para prática de esporte. A gente quer justiça."
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