Um policial militar já estava preso temporariamente desde a manhã de sábado depois de ter seu álibi desconstruído pela Polícia Civil. Ele, que estava baleado na perna, afirmou que teve a moto assaltada durante encontro com uma namorada no mesmo horário do início dos ataques. Foi apreendido com ele um revólver de calibre semelhante a de parte das mortes. A moto do policial foi localizada no local onde ele informou o roubo. A namorada, em depoimento, desmentiu a história e disse que o passeio se encerrou horas antes dos ataques.
Nesta segunda-feira, 28, um policial militar foi detido administrativamente pela Corregedoria, por aparecer em filmagens obtidas pela polícia levando ao hospital um colete de segurança ao PM baleado.
Segundo o comandante-geral da PM, Coronel Benedito Meira, ele não comunicou aos supervisores que iria até o local nem explicou o motivo da ida. A corporação só ficaria sabendo da chegada do soldado detido por meio de um funcionário do pronto-socorro.
Outros policiais
Em coletiva no sábado, o delegado Andreas Schiffmann,do Setor de Homicídios, afirmou que havia indícios de que outros policiais poderiam ter participado do crime além do que já está detido, como a presença de diferentes calibres das armas e a distância temporal entre os quatro ataques em pontos distintos da cidade.
A PM vai apurar o trajeto de todas as viaturas na região. Será feito o procedimento de "replay" das viaturas para apurar onde elas estavam no horário da chacina. A corporação ainda investigará o controle de entrada e saída de armas por policiais. "Queremos esgotar todas as possibilidades de ter participação ou não de outros policiais", afirmou Meira. Uma das linhas de investigação aponta que a série de mortes seria uma vingança pelo assassinato de um soldado, cujo corpo foi encontrado em uma favela no dia 19..