De acordo com William Nozaki, coordenador de promoção de direito à cidade da pasta, a ideia é unir dependentes químicos, moradores da região e comerciantes em projetos de revitalização. "Queremos criar um clima de conexão entre direitos humanos e direito à cidade, promovendo o encontro do usuário estigmatizado, com o morador e o comerciante para requalificar o espaço físico", afirmou. Uma equipe da Prefeitura irá ficar na região entre segunda e quinta-feira, por um período de dez meses, para receber as propostas de artistas, artesãos e moradores. Segundo Nozaki, o conceito que a Prefeitura quer aplicar na região é o de, por exemplo, fazer com que um grafiteiro, com a ajuda de um dependente químico, possa fazer uma painel da fachada de uma comércio. O resultado, além da parte artística, é a interação entre as pessoas que vivem na Luz.
Em parceria com a Subprefeitura Sé, responsável pelo bairro, as ruas da Cracolândia também irão ganhar um mobiliário urbano novo e com um visual diferente. Como nas pinturas, a Prefeitura também pretende promover a integração. "Temos problematizado a questão de que São Paulo tem mais espaço para as pessoas passarem do que para ficar.
Apesar do lançamento oficial ser apenas no próximo domingo, já é possível ver um exemplo de como irá ficar a região. A fachada de uma lanchonete na esquina da Alameda Barão de Piracicaba com o Largo Sagrado Coração de Jesus foi revitalizada com lambe-lambe e desenhos. O mesmo foi feito no galpão da Prefeitura usado pelos garis que trabalham no Programa Braços Abertos..