Nesta terça, porém, não houve quórum suficiente nem para iniciar os debates. Oficialmente, representantes da oposição e de partidos da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT), como o PMDB e o DEM, se negaram a discutir o plano em solidariedade a José Police Neto (PSD), que foi diretamente atacado pelo grupo. Outros embaraços políticos ainda não resolvidos dificultaram o avanço do tema, como a inclusão de emendas apresentadas pelos vereadores no texto final e a própria pressão do movimento, que também reivindica a regularização da Copa do Povo, em Itaquera, zona leste.
Para complicar ainda mais o clima, o líder da oposição, Floriano Pesaro (PSDB), indicou que alguns petistas, como o relator do plano, Nabil Bonduki, integram a coordenação do MTST. As ligações estão cada vez mais evidentes. O que falta é transparência, ao mesmo tempo em que sobra violência, truculência e ameaças, disse.
Bonduki afirmou que atua na área há mais de 30 anos, mas que não tem nenhuma relação com o MTST. O Plano Diretor vai beneficiar toda a cidade e, por isso, também quem precisa de moradia. O projeto reorganiza o crescimento por 16 anos.
Protesto.
Do lado de fora, milhares de pessoas interditaram as duas faixas do viaduto durante protesto que começou às 15h e se estendeu até o início da noite - 9 mil, segundo o MTST, e 1 mil, de acordo com a Polícia Militar.
Diante do descontentamento dos vereadores, que não aceitam a pressão feita pelo movimento, o presidente da Casa, José Américo (PT), recebeu uma comitiva de coordenadores do MTST para negociar uma possível data de votação e também uma espécie de recuo, com direito a pedido de desculpas. A expectativa agora é que a proposta seja levada em plenário ainda nesta semana..