Karinny foi solta do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro Sul na madrugada deste sábado (14) por determinação da Justiça. Por meio de nota, a Polícia Civil mineira afirmou que ela "continua sob investigação", acusada de "atirar pedras contra uma viatura da PM e uma agência do banco Itaú". Pela denúncia encaminhada ao MPE, a jovem teria sido agredida na 6ª Companhia do 1º Batalhão da PM (BPM). A corporação negou as agressões.
Além dela, ao menos outras 17 pessoas foram presas e dois menores apreendidos durante a
manifestação ocorrida na capital mineira simultaneamente à abertura da Copa do Mundo. O protesto terminou em confronto com policiais militares e a depredação de prédios públicos e estabelecimentos comerciais da cidade, além de uma viatura da Polícia Civil, que foi virada e queimada em frente à sede do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).
Cerco
Neste sábado, manifestantes tentaram realizar novo protesto no Centro da cidade, mas um forte aparato policial impediu que o grupo, formado por cerca de 200 pessoas de acordo com a PM, seguisse em passeata até o Mineirão, que recebeu a partida que terminou com vitória de 3 a 0 da Colômbia sobre a Grécia, a primeira do mundial na cidade. Diante do cerco, o grupo chegou a dizer que dormiria na Praça Sete de Setembro, mas se dispersou no fim da tarde após caminhar até a Praça Rui Barbosa, a dois quarteirões do ponto de concentração.
Segundo a PM, 11 pessoas haviam sido presas até o início da tarde. Balanço divulgado pela Polícia Civil, pouco depois das 16 horas, porém, afirmou que três pessoas foram encaminhadas para a Delegacia Regional Noroeste, onde serão concentradas todas as ocorrências relacionadas a manifestações durante a Copa.
Um dos presos é Igor Daniel de Aguiar Borges, de 29 anos, autuado em flagrante por porte de artefato explosivo por ter sido encontrado com um coquetel molotov.