Jornal Estado de Minas

Metrô funciona normalmente após cinco dias de greve

São Paulo, 10 - As cinco linhas do Metrô operam normalmente na manhã desta terça-feira, 10, após os metroviários decidirem suspender a greve na noite de ontem.
Segundo o Metrô, as estações abriram no horário previsto (às 4h40) e, até às 8h, não houve registro de incidentes ou tumultos. A Estação Ana Rosa, na zona sul da cidade, teve policiamento reforçado desde o início da manhã. O local foi palco de confronto entre grevistas e policiais militares na segunda-feira, 09.

Nas redes sociais, usuários relataram, por meio da ferramenta #EstadaoMetroSP alívio em poder usar o Metrô para irem ao trabalho nesta terça.

O usuário do twitter Leonardo Braz (@lbbraz) elogiou o serviço. "Melhor que o metrô voltar, é estar mais rápido! Butantã-Brigadeiro em 20 min", publicou por volta das 7h50. Amanda Oliveira (@hattusa) também mostrou alívio em poder circular na Linha 2- Verde, que durante a greve operava parcialmente. "Ahh @L2Verde estava com saudades de vc!! Tudo na mais santa paz!!", publicou no twitter.

Alguns usuários do Metrô, entretanto, relataram nas redes sociais, a existência de antigos problemas mesmo com as linhas operando normalmente. No twitter, Rafaela Araújo(@Rafamarthy) publicou: "Vcs que acham que o metro voltou a sua normalidade, começamos o dia assim.
Linha Vermelha extremamente lotada", lamentou.

Suspensão

Após cinco dias de greve, e de o governo do Estado definir a demissão de 42 funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), os metroviários decidiram, na noite desta segunda-feira, suspender a paralisação pelo menos até quinta-feira. Uma nova assembleia deverá ocorrer na quarta, mas a categoria já definiu paralisação na quinta, 12, data da abertura da Copa do Mundo.

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, afirma que a única reivindicação a partir de agora é o retorno dos demitidos. "A intenção do governo é intimidar, demitindo só 42 e não todos os funcionários que pararam."

"Informamos o seu desligamento da Companhia por justa causa a partir de 9/6/2014", dizia o telegrama enviado a 42 funcionários pela manhã. "É um abalo muito grande. Estou sendo demitido por lutar pelas condições de trabalho para todo mundo", afirmou um dos operadores, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, a demissão de operadores foi uma estratégia para enfraquecer o movimento, sem negociar..