Transtornos.
O quinto dia de greve dos metroviários foi marcado por um cenário já visto desde quinta-feira, na zona leste, quando teve início a paralisação. Ônibus lotados, passageiros a pé e estações com funcionamento parcial. Na Linha 3 - Vermelha, o estudante Lucas Andrade, 17, arriscou sair de casa pela primeira vez com a greve. Perdeu as aulas de quinta e sexta-feira.
A aula começou às 7h. Para chegar ao metrô, o jovem pegou um ônibus na Avenida Barreira Grande, próxima à sua casa. "Geralmente eu vou direto da Vila Prudente e desço na (estação) Paraíso. O estudante avaliou ter perdido o dia. "Vou ver se consigo assistir a pelo menos as duas últimas aulas", disse antes de enfrentar a fila intensa.
Não houve formação de piquetes ou protestos nas estações da Linha Vermelha, que operou entre a Bresser-Mooca e a Santa Cecília durante toda a manhã, mas o movimento foi intenso e as viagens de ônibus que partiram da Radial Leste chegaram a durar 1h30.
A auxiliar administrativa Regina Alonso já perdeu dois dias de trabalho e quase faltou pela terceira vez. Ela saiu mais cedo do bairro Itaquera, às 6h30, e tomou dois ônibus para chegar à Linha Vermelha, percurso que lhe custou mais de uma hora. Ao menos, não será descontada. "Meu chefe não liga para o atraso. Ele, que dá expediente em Perdizes a partir das 8h30, disse que o importante é chegar", contou às 9h, ainda sem embarcar no metrô..