Um dos principais responsáveis pela segurança da Copa em São Paulo disse neste domingo (8) ao
Estado
que a greve é uma ameaça forte à abertura do Mundial. Mas nós temos como fazer com que as pessoas tenham acesso ao estádio, disse.
Nesta segunda-feira (9), os grevistas ameaçam novos piquetes nas Estações Ana Rosa e Bresser-Mooca, escolhidas porque servem de ponto de início das operações parciais das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-vermelha.
Os líderes dos metroviários negam que a estratégia da categoria inclua a ameaça à abertura do Mundial da Fifa. A Copa vai ter, o sindicato não quer acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol, sou santista, gosto do Neymar e vou torcer pelo Brasil, disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior. Tem a Copa, mas tem de ter dinheiro também para o trabalhador, afirmou.
MTST
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiu apoiar os grevistas, fazendo um ato às 7 horas na frente da Estação Ana Rosa, que deve ter a participação do Movimento Passe Livre (MPL). Nós queremos que o governador Geraldo Alckmin reabra o diálogo com os trabalhadores em greve e, por isso, vamos marchar até a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, afirmou o líder do MTST, Guilherme Boulos.
O comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, determinou neste domingo (8) que os policiais da Tropa de Choque permaneçam de prontidão. Homens da corporação estão instruídos para garantir o direito dos metroviários que desejarem trabalhar.
Na avaliação do Comando da PM, depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) declarou a greve abusiva, apenas uma minoria entre os metroviários defende a paralisação.
Na semana passada, homens da Tropa de Choque entraram em confronto com grevistas na Estação Ana Rosa e um metroviário foi detido sob a acusação de desacato. Houve uso de balas de borracha e de bombas pelos policiais para garantir o funcionamento da estação. Anteontem, os grevistas mudaram de estratégia. Além dos piquetes nas estações e nos pátios, eles decidiram impedir a partida das composições nas plataformas segurando as portas. Com isso, os trens não puderam circular. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..