O grupo seguiu em marcha pela via por cinco quarteirões até a sede do sindicato da categoria, na Rua Serra do Japi, escoltado pela PM, e em clima de tensão. Havia entre os manifestantes faixas com bandeiras da USP e integrantes do núcleo do Movimento Passe-Livre (MPL), que iniciou os protestos de junho de 2013 e foram apoiar a proposta de catraca livre nas estações do metrô.
Antes da passeata começar, o metroviários entregaram panfletos em frente a Estação Tatuapé e tiveram apoio popular. "Tem que liberar a catraca mesmo. Se eles querem brigar com o governo, a gente não tem nada a ver com isso. Mas eles estão certos de brigar", disse a faxineira Maria de Fátima Conceição, de 54 anos.
A PM havia negociado antecipadamente a passeata com os manifestantes, com a promessa de que apenas uma das faixas da Radial Leste seria fechada. Entretanto, assim que o grupo desceu da estação, a manifestação interditou toda a via no sentido bairro. Alguns motoqueiros tentaram furar o bloqueio, e houve discussão.
Ao se aproximar do destino, na sede do sindicato, cinco viaturas da Força Tática do 8º Batalhão da PM perfilaram-se na via para dispersar a marcha, após 30 minutos de caminhada. Os sindicalistas, contudo, seguiram para dentro do prédio da entidade. Alguns estudantes provocaram a polícia e se queixaram das agressões ocorridas pela manhã na Estação Ana Rosa, da Linha 20-verde.
Houve bate-boca entre um tenente da PM e uma dirigente sindical, mas a marcha terminou sem confronto e sem detidos. A PM permaneceu no local por cerca de 30 minutos, mantendo duas faixas da Radial bloqueadas, mas com a garantia de que os grevistas não voltariam às ruas nesta sexta..