As prisões ocorreram durante uma ação conjunta envolvendo a Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e o Ibama, chamada de Operação Metástase, em referência à forma com que males como o câncer podem se espalhar, a exemplo dos crimes ambientais descobertos.
A maioria das prisões ocorreu em Goiás, onde os presos têm ligação com uma antiga fraude envolvendo a transformação ilegal de Cerrado goiano em carvão de origem lícita para abastecer siderúrgicas de Minas Gerais, e que não estancou após apurações locais pelo Ministério Público Estadual. O procurador da República Marco Túlio Oliveira, do MPF em Goiás, salientou que grande quantidade de carvão ilegal continuava sendo entregue às siderúrgicas mineiras.
A PF investigou a quadrilha por dois anos, monitorando conversas e imagens de satélite que mostravam a movimentação de caminhões com carga de madeira ilegal pelas estradas de sete estados onde a operação foi realizada hoje. O foco também foi na devastação da Caatinga. A operação visa minimizar a degradação ambiental e proteger cerca de 10 mil hectares dos dois biomas: Cerrado e Caatinga.
Cerca de 400 agentes participaram da operação que transcorreu em Goiás, Minas Gerais e Tocantins, com 6 presos em cada; Bahia e Paraná, com 3 presos em cada; e Mato Grosso, com uma prisão. Um total de 48 mandados de prisão, três de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão tinham sido expedidos pela Justiça Federal. A PF apontou a participação de servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) nos crimes. A secretaria, segundo divulgou a TV Anhanguera, negou a participação de servidores do órgão..