Criada na Suíça, a cirurgia consiste na aplicação de eletrodos neuroestimuladores em três nervos da região abdominal que respondem, entre outras funções, pelos movimentos das pernas e pés e pelo controle da bexiga e da vontade de urinar.
Um deles é o universitário Francisco Moreira, de 25 anos, que perdeu praticamente todos os movimentos do tronco para baixo após sofrer um acidente enquanto praticava snowboard, em 2009. Ele passou pela cirurgia em dezembro do ano passado e, em menos de seis meses, já consegue dar passos dentro de uma piscina. "Diminuiu minha incontinência urinária, tenho mais firmeza no tronco. Parece pouco, mas faz uma grande diferença para o dia a dia de um cadeirante, para a nossa independência", contou ele.
Os médicos explicaram, no entanto, que pacientes com lesões mais graves, que levaram à perda de todos os movimentos do corpo, podem não responder à técnica. O resultado da intervenção também vai depender do tempo de lesão.