A mobilização ganhou força depois que o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) manteve, na terça-feira, a proposta de reajuste zero às categorias das três instituições no primeiro semestre deste ano. A crítica situação financeira da USP, que gasta 105,33% da receita com salários, foi o que mais pesou na decisão.
Segundo o Cruesp, o elevado nível de comprometimento das receitas das universidades com as folhas de pagamento impediu o aumento salarial. Embora em melhor situação do que USP, as outras duas estaduais também têm despesas altas com salários. Na Unicamp, o gasto é de 97.33% dos repasses. Na Unesp, o total é de 95,42%. O reajuste, informou o Cruesp, será rediscutido somente entre setembro e outubro.
Mobilização.
Na Unicamp, os funcionários já cruzam os braços a partir de amanhã. Os docentes param somente na próxima terça-feira.
Das 34 unidades da Unesp, em pelo menos dez os servidores técnico-administrativos haviam decidido interromper as atividades até a noite desta quinta - Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Franca, Jaboticabal, Presidente Prudente, Assis, São Paulo e Sorocaba. A maioria das unidades já começou a greve.
Entre os professores da Unesp, a adesão à greve havia ocorrido em pelo menos seis unidades até o começo da noite - Araraquara, Franca, Rio Claro, Presidente Prudente, Marília e no Instituto das Artes, na capital. No câmpus de Presidente Prudente, os alunos também vão parar em solidariedade ao movimento. Os grevistas das três universidades ainda pretendem fazer um protesto na próxima terça-feira, na frente da Assembleia Legislativa, quando haverá uma audiência para discutir a crise nas estaduais paulistas..