A imprensa havia sido impedida de entrar na Cidade da Polícia e só recebeu permissão para acessar o local após a chegada de Vellozo. Apesar da adesão, Tchao garantiu que os policiais civis estão em seus postos de trabalho e continuam registrando as ocorrências graves, como homicídios e furtos. O presidente do Sindpol afirmou que as negociações com o governo estadual já duram mais de um ano e tinham como interlocutor o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
Tchao contou que, em uma reunião especial realizada na terça-feira, véspera da paralisação, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) solicitou que o grupo não entrasse em greve até o dia 10 de junho, apenas 2 dias antes do início da Copa do Mundo, mas não foi atendido. "O que está acontecendo hoje não é oportunismo em relação à Copa, mas o exaurimento em relação a uma negociação que já dura mais de um ano. É lamentável que os governos não tenham tido sensibilidade para antecipar esse problema", disse ele.
A categoria também reivindica que as gratificações - que variam entre R$ 850 e R$ 1.500 - sejam incorporadas ao salário. "Quem se divide entre trabalho na polícia e segundo emprego (trabalho complementar) não tem tempo para atender a sociedade com qualidade", disse Tchao.