Uma das passageiras era a professora universitária Salete Valesan Camba, de 50 anos. Ela conseguiu ser dispensada três horas mais cedo de seu trabalho na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, no centro, justamente porque temia confusão na volta para casa, no bairro da Pompeia, zona oeste.
Salete costuma fazer o trajeto de ônibus, mas desta vez teve de enfrentar um metrô lotado. Parecia horário de rush. Mas eram apenas 3 horas da tarde, comentou. A professora desembarcou na Barra Funda ainda nutrindo a esperança de conseguir um ônibus até sua casa. Não teve jeito.
Estudante
Quem também negociou dispensa mais cedo do trabalho foi o estudante de Administração Pedro Ribas Chaves Sala, de 23 anos. Sua aula no câmpus de Perdizes da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) só começaria às 19h, mas temendo dificuldades de transporte decidiu apressar-se.
Tenho de apresentar um trabalho hoje e não posso faltar, disse o estudante. Pegou metrô do Tatuapé, na zona leste da cidade, próximo do banco onde estagia, até a Barra Funda e, por volta das 16h15, era um dos pacientes passageiros à espera de um taxista. E lamentava a falta que os cerca de R$ 15 pela corrida devem fazer no orçamento estudantil.
A reportagem do Estado tentou entrevistar três taxistas para que eles comentassem o aumento da procura por seus serviços na tarde desta terça-feira. Obviamente, todos preferiram pegar mais um passageiro, em vez de perder tempo com a reportagem. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..