Conforme matéria publicada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo", o comitê anticrise considera que o uso do chamado "volume morto", cuja capacidade é de 182,5 bilhões de litros de água, aumenta a capacidade total do sistema. Com esta incorporação, o nível do volume de água armazenado no Cantareira na segunda-feira chegaria a 22,2% de sua capacidade total. Já a Sabesp não trabalha com a hipótese de uma ampliação da capacidade de armazenamento do reservatório a partir do uso do volume morto. Para a concessionária, com o volume estratégico haveria aumento apenas no volume total de água nas reservas, que ontem corresponderia a 26,3% do total.
Mauro Arce defendeu a visão de que o volume estratégico não interfere na capacidade do sistema, afirmando que ele será retirado assim que a situação do reservatório se normalizar. "Nós entendemos que no instante que isso for regularizado não vai ser mais utilizado."
Diante do que considerou ser uma das menores vazões em 85 anos, o secretário chamou a situação do Cantareira de "extremamente crítica". A expectativa, segundo ele, é que a situação se normalize em setembro, quando tem início a temporada de chuvas.
O secretário lembrou ainda da importância de que as pessoas economizem água. "Temos cada dia para tentar segurar o máximo esse volume para prorrogá-lo, mas eu diria que todo dia que passa estamos mais perto do que vai começar a chover novamente", completou..