Segundo a chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, até pouco após as 19h não havia registro de problemas no protesto. Desde o fim da tarde, militares reforçavam o policiamento na Praça Raul Soares, ponto de concentração dos manifestantes, e faziam revistas em pessoas que chegavam com mochilas, principalmente as que trajavam roupas pretas, por preocupação com integrantes do movimento black bloc. Algumas pessoas participaram da passeata com rostos cobertos. "Até o que chegou ao meu conhecimento, não houve nenhuma prisão nem apreensão de qualquer material", afirmou a oficial, que acompanhava o ato em frente à sede da prefeitura.
Assim como em outras cidades, a manifestação fez parte do chamado "Ato 15M - Dia Internacional de Lutas contra a Copa do Mundo de 2014". Mas os manifestantes aproveitaram para criticar o aumento das passagens de ônibus autorizado pela PBH em abril e contra políticos, principalmente o prefeito Marcio Lacerda (PSB), o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff. Os dois últimos, inclusive, foram retratados em caricaturas gigantes carregadas por manifestantes e foram chamados, respectivamente, de "governador ditador" e "presidenta da Fifa".
O protesto começou bem humorado, ao ritmo de batucada e paródias de músicas populares como Beijinho no Ombro e Lepo Lepo, também com letras adaptadas para criticar políticos. O maior problema foi no trânsito, já que a multidão fechou algumas das principais vias do centro, como as avenidas Afonso Pena e Amazonas.
Uma barricada com entulho incendiado também foi montada na Afonso Pena, mas a barreira virou festa para skatistas. No local, diante de uma presença maior de policiais, alguns participantes do ato ficaram mais exaltados e começaram a provocar os militares, mas confrontos não ocorreram até o fechamento desta edição..