Jornal Estado de Minas

Polícia vê 'estratégia' para inocentar pai de Bernado

Os três envolvidos foram indiciados, mesmo com tentativas dos advogados de defesa de inocentar Leandro

Assistente social Edelvânia, Pai Leandro Boldrini e a madrasta Graciele Ugolini - Foto: Reprodução

A Polícia Civil acredita que os advogados de defesa dos três indiciados pela morte e ocultação de cadáver de Bernardo Boldrini, morto aos 11 anos no dia 4 de abril, montaram uma estratégia de defesa em conjunto para tentar inocentar o pai do menino, o médico Leandro Boldrini, de culpa no crime.

"Há conversas entre familiares de Leandro e Graciele (mulher de Leandro e madrasta da vítima) afirmando que os advogados estavam arquitetando estratégia de defesa para que Graciele e Edelvânia (amiga da madrasta) assumissem o crime, inocentando Leandro e dessa forma ele iria bancá-las financeiramente", revelou a delegada Caroline Bamberg Machado durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 13, em Três Passos.

Os delegados que participaram da investigação conversaram com os jornalistas depois de entregar o inquérito à Justiça. A polícia indiciou Leandro, Graciele e Edelvânia pela execução de homicídio qualificado. O pai e a madrasta também foram acusados de serem mentores do crime. Os três estão presos temporariamente desde a descoberta do corpo, em 14 de abril. A polícia já pediu a prisão preventiva e o Ministério Público deu parecer favorável à solicitação. A Justiça ainda não se manifestou.

Em depoimentos dados à polícia, Graciele e Edelvânia negaram que Leandro tenha participado do assassinato de Bernardo. A madrasta alegou ter dado dose excessiva de calmantes ao garoto por "acidente". A amiga dela admitiu ter participado apenas da ocultação do cadáver.
O pai afirmou que é inocente..