O anúncio foi feito pela secretária Eloisa de Sousa Arruda após reunião com o 6procurador da República dos Direitos do Cidadão Aurélio Virgílio Veiga Rios, na segunda-feira. Ele esteve em São Paulo para discutir a situação dos haitianos que desembarcaram na cidade recentemente. Seria um grande centro de acolhimento, e não apenas um centro de triagem. Lá essas pessoas receberiam um acompanhamento, afirmou.
De acordo com o procurador, a responsabilidade pelos imigrantes que chegam ao País é das esferas municipal, estadual e federal. A Prefeitura, o governo estadual e o governo federal têm de fazer um acordo sobre como fazer esse direcionamento. Os haitianos que estão chegando não são clandestinos, eles têm visto humanitário, disse o procurador.
De acordo com o governo paulista, no entanto, o projeto ainda é embrionário e são necessários acertos para que saia do papel.
A Prefeitura anunciou anteontem que teria um novo abrigo para mil haitianos que chegaram à cidade nos três primeiros meses do ano. Com capacidade para 120 pessoas, o local estava previsto para começar a acolher haitianos nesta semana. O abrigo funcionará como reforço à Igreja Nossa Senhora da Paz, na Rua do Glicério, no centro, que tem acolhido os haitianos desde o fechamento em abril do abrigo em Brasileia, no Acre.
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a capital não terá problemas no acolhimento. Nosso problema não é acolher, o problema é a organização prévia para que eles cheguem com documentação, Carteira de Trabalho. Muitos são roubados antes de chegar ao Brasil. A finalidade é garantir que eles saiam do Acre já com a Carteira de Trabalho, afirmou Haddad..