Anteriormente, os animais andavam sem nenhum equipamento que pudesse amortecer o impacto de ataques cometidos por manifestantes. A face e o focinho do cavalo, sobretudo - o chamado chanfro -, são especialmente sensíveis, o que leva ao risco de quedas e tropeços. Sem as botas, eles podiam escorregar e desestabilizar as operações.
Os PMs tinham apenas um colete balístico e eram vulneráveis a quedas, tiros e objetos lançados. É um projeto que estava em preparação havia quatro anos.
Treinamento.
Os animais - na maioria são exemplares da raça Hípica Brasileira - precisaram passar por uma preparação especial em uma arena aberta, coberta de areia, nas últimas semanas. Os cavalos do Regimento de Pelotão Montado 9 de Julho passaram por um período de adaptação e estranharam de início os acessórios.
A viseira causa uma diferença de visibilidade com o reflexo da luz e, de regra, o material de montagem deve ser minimalista, uma vez que qualquer novo equipamento pode deixá-los irritados e desconfortáveis. Não por menos, houve cenas de desequilíbrio e acidentes. As botas tiveram de ser testadas em diferentes pisos nas ruas.
Para os PMs, a armadura também exigiu adaptação. Com tamanho único, o conjunto é dividido em parte superior e inferior, com placas articuladas e ajustáveis ao tamanho do policial semelhantes à roupa de motociclistas. Quente, a roupa tem nas costas uma mochila para guardar água e se hidratar, segundo Gouveia..