Para a presidenta da Associação de Moradores e Amigos do Horto, Emília Maria de Souza, a remoção do clube é uma retaliação do Instituto Jardim Botânico do Rio contra a mobilização dos moradores por causa das remoções no bairro. “É retaliação. Pois no sábado impedimos que utilizassem o estacionamento irregular em frente à Escola Júlia Kubitschek por conta da exposição de orquídeas. Não é admissível que o Jardim Botânico recupere áreas para fazer estacionamento”, disse.
“A atual direção do parque não tem sensibilidade social, pensam apenas em atender a elite e transformar esta área em quintal da sua casa”, disse Emília de Souza, argumentando que das cerca de 520 famílias que moram dentro do parque, a maioria é baixa renda.
A assessoria do Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a quem pertence o terreno, declarou que os ocupantes do clube foram intimados em 2 de abril de 2013, por meio de oficial de Justiça, para desocuparem o imóvel no prazo de 30 dias da notificação, mas não o fizeram. A reintegração cumpre a determinação da 17ª Vara Federal do Rio de uma ação civil pública ajuizada em 1990 pelo Ministério Público Federal.
Em abril, a União passou oficialmente as terras ao instituto e encaminhou o reconhecimento para registro em cartório. A desocupação da área ocupada pelo clube, que foi construído na década de 1960, é parte da ação de reintegração e foi decidida pela Justiça há mais de um ano, após quase 20 anos de litígio. .