As declarações foram gravadas em vídeo e repercutiram mal nas redes sociais. Nakao afirmou ao Estado que mantém diálogo com a comunidade acadêmica, que está aberto ao debate público e se desculpou por "expressões inadequadas".
A assessoria de imprensa da USP não informou se o professor será afastado das negociações sobre o câmpus, feitas com a Justiça, o Ministério Público Estadual, órgãos ambientais e a comunidade acadêmica. Nakao, professor da Escola Politécnica, conduz as negociações sobre a USP Leste desde o começo de janeiro, a pedido do reitor Marco Antonio Zago.
No vídeo, gravado há quase três semanas, Nakao disse a uma aluna que os professores da USP Leste tentavam atrasar o retorno às aulas porque queriam "melar o governador (Geraldo Alckmin)". Ele também afirmou que eles eram ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido da Causa Operária (PCO), siglas de oposição ao governo do Estado (PSDB).
A Congregação da USP Leste resolveu ontem, em votação polêmica, repudiar as declarações do superintendente e pedir que Nakao deixe a comissão ambiental que discute as medidas para descontaminar o câmpus.
Explicações. O superintendente afirmou que, no dia do vídeo, a aluna da USP Leste afirmou que tudo era culpa do reitor e do governador. "Essa provocação me fez momentaneamente mudar de conduta", disse.
Nakao afirmou que não teve intenção de ofender "quem quer que fosse".
O Estado de S. Paulo..