Mas, para o gerente, que se identificou só como Neto, tudo isso "que foi publicado na imprensa é mentira". Ele disse que os donos e advogados da casa vão se pronunciar publicamente sobre o caso na semana que vem.
Os clientes estavam indignados com o possível fechamento do bar. "Queremos barulho mesmo. Somos anarquistas. O nosso negócio é acordar bebês", disse sarcasticamente à reportagem um dos frequentadores, que não quis se identificar. Para o educador Fernando Pimentel, de 27 anos, a ideia de fechar o Mercearia "é uma visão careta de quem não entende que isso é cultura".
Assíduo frequentador do bar, o escritor Marcelino Freire defende uma solução apaziguadora.
O presidente da Sociedade Amigos da Vila Madalena (Savima), Cássio Calazans, defende o bar, mas concorda que é preciso fazer ajustes. "Ele foi um dos primeiros bares (do bairro). Com a evolução da Vila Madalena, foi pegando nome", conta. "Mas as coisas aconteceram e o bar não foi arrumando." Um morador da vizinhança, que não quis se identificar, disse que espera que a lei seja cumprida. "Não quero o fechamento do bar, mas preciso de silêncio na madrugada. É pedir muito?".