Logo após a diretora aparecer nas filmagens conversando com os pilotos de todos os trens que paravam na estação, os operadores das locomotivas informam ao centro de controle que não mais trabalhariam naquele dia. Os áudios tornados públicos pelo Metrô-DF mostram cada um deles dando uma justificativa diferente para largar o expediente. Um alega estar passando mal. Outro diz que é uma determinação do oficial de Justiça.
O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, afirma que uma sindicância interna vai apurar o caso. “Eles (os metroviários) não cumprem as leis desde o primeiro dia de greve. Os sindicalistas abusam dos direitos de reivindicação e isso será analisado no processo administrativo”, afirma.
Segundo Lacerda, o governo já ofereceu tudo o que podia para atender aos pedidos dos grevistas, e espera o julgamento do TRT sobre o movimento. “Dobramos o salário dos servidores. Agora, sugerimos aumento de 7,12%, o que supera a inflação. Não negociaremos mais. Esperamos que o TRT encerre essa pauta”, diz.
A diretora do Sindicato dos Metroviários, Tânia Viana, que aparece nas imagens, alega que não foram divulgados os horários dos vídeos. Segundo determinação da Justiça, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15, no mínimo, 12 trens (50% do total) têm de funcionar. “Aquilo ocorreu às 11h, quando já podíamos diminuir o número de composições em atividade. Tanto estávamos certos que aquele homem que aparece nas imagens conosco é um oficial de Justiça”, argumenta. O TRT informa que o dissídio coletivo de greve será julgado em regime de urgência em uma sessão extraordinária, sem data definida.