Em abril, o volume de chuvas armazenado sobre a região do Cantareira (na divisa com os Estados de São Paulo e Minas Gerais) soma 84 milímetros, total que corresponde a 94% da média previsto para o mês.
Os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga, utilizados desde o início do ano para abastecer regiões antes atendidas pelo Cantareira, estão com 36,5% e 78,9% da capacidade dos reservatórios, respectivamente. No começo da semana, o governo estadual, acionista majoritário da Sabesp, anunciou que também utilizará o sistema Rio Grande, na região do ABC paulista, nessa integração. Hoje, o nível das reservas do Rio Grande é de 95,6%.
Além da transferência do abastecimento, a concessionária tem adotado uma série de medidas a fim de evitar um racionamento de água na Grande SP. Em fevereiro, a companhia implementou um programa de descontos para incentivar a redução do consumo. Um mês depois, anunciou um investimento de RS 80 milhões para exploração do volume morto do Sistema Cantareira.
Ontem, a Sabesp disse que vai encaminhar à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) proposta de um "acréscimo" na conta dos consumidores que aumentarem o seu consumo de água, com o objetivo de penalizar o gasto excessivo. A multa será cobrada com base na média do consumo nos doze meses de 2013.
Em paralelo, a administração da companhia aperta suas contas para minimizar os impactos da crise hídrica no desempenho financeiro deste ano. Oficialmente, a Sabesp já informou que cortará R$ 900 milhões entre custos e investimentos em 2014..