Face o momento que atravessamos, é importante o conselho se posicionar e pedir, a curto prazo, uma apresentação pelo governo do Estado das medidas previstas para enfrentar essa crise e do plano de contingência que englobe as Bacias Alto Tietê e do PCJ, disse o geólogo e consultor em Recursos Hídricos João Jerônimo Monticelli.
Acreditávamos que o conselho, por meio das câmaras técnicas, estivesse acompanhando a situação mesmo antes da crise, por causa da renovação da outorga do Sistema Cantareira. Esse problema é muito amplo, extrapola as bacias, e os comitês não conseguiram fazer seus planos. Estamos aqui em crise porque não demos atenção aos nossos mananciais. É importante que o conselho lidere esse debate, afirmou Malu Ribeiro, da ONG SOS Mata Atlântica.
Em carta assinada por representantes de mais de dez entidades, o grupo de conselheiros pediu que o governo estadual encaminhe, no prazo de 15 dias, esclarecimentos detalhados sobre a situação do Cantareira e as diretrizes do plano de contingência. Além da discussão a longo prazo, temos uma demanda imediata, do enfrentamento da crise que estamos passando agora, disse o conselheiro Alceu Guérios Bittencourt, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária de São Paulo (ABES-SP).
Apesar da pressão, o coordenador de Recursos Hídricos do Estado e secretário executivo do conselho, Walter Tesch, disse que só haveria espaço na agenda para o mês de julho, quando ocorre a Copa do Mundo. Após novos protestos, o debate sobre o Cantareira foi marcado para a segunda quinzena de maio, no dia 20 ou 27. Na primeira reunião, o conselho aprovou a partilha do Fundo Estadual de Recursos Hídricos entre os 22 comitês das bacias hidrográficas paulistas.
O Estado de S. Paulo..