A principal divergência entre os dois é sobre uma possível gravidez de Flávia, que tem endometriose e teria dificuldade para engravidar. Em depoimento, Cuzzuol disse que viu um exame de gravidez com o nome da amante, mas negou que o filho fosse dele. Flávia era prostituta e cafetina e eles eram amantes há pelo menos oito meses. O delegado vai solicitar novo exame de gravidez.
"Fui vítima desse relacionamento, dessa pessoa que assassinou minha esposa e meu bebê por inveja, não tenho absolutamente nada a ver com isso", garantiu Rodrigo, que afirmou que estava tentando se afastar da amante.
Nessa terça-feira, 08, Flávia teve a prisão temporária decretada por 30 dias por homicídio duplamente qualificado, logo após prestar depoimento na Divisão de Homicídios. O delegado Vieira pedirá a prisão temporária da suspeita.
A polícia ainda investiga se ela foi a mandante ou se participou da execução do crime. Cuzzuol é tratado como testemunha.
Há cerca de dez dias, Flávia pediu que Cuzzuol a acompanhasse até uma clínica de aborto. No mesmo dia, uma amiga da amante, identificada apenas como Ana Paula, teria ido até a casa de Suelen "para conversar". Os policiais querem saber se durante a visita Ana Paula fez alguma ameaça ou se foi até o local para colher informações sobre a casa e o dia a dia na vila onde o casal morava.
"Diversas pessoas disseram que Suelen era inocente e deixava qualquer pessoa entrar na casa. Isso pode ter sido usado para conhecer casa", disse o delegado. Em depoimento, diversas testemunhas confirmaram que Suelen vinha sofrendo ameaças, inclusive por mensagens de texto no celular.
Suelen foi morta na manhã de segunda-feira, 07, na própria casa, no bairro Trindade, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. O corpo foi encontrado pela sogra dela, com um corte no pescoço. Testemunhas disseram ter visto dois homens deixando a vila com duas sacolas pretas nas mãos. Nada de valor foi levado, apenas algumas roupas de Rodrigo. O sigilo telefônico dos envolvidos será quebrado para ajudar nas investigações..