Como nenhuma medida eficaz para implantar o racionamento foi adotada até o momento, o MP quer saber por que isso não ocorreu, já que seria uma forma de "assegurar o uso mais duradouro das águas do Sistema Cantareira". No documento encaminhado à ANA e ao Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), o MP paulista dá prazo de dez dias à ANA para explicar os motivos porque ainda não determinou o racionamento preventivo na região abastecida pelo Sistema Cantareira. A promotora alega que, em situação crítica de escassez, como a que ocorre no sistema, a agência reguladora deve obrigar a adoção do racionamento.
A representante do MP lembra que o presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, sustentou em audiência pública a necessidade de medidas restritivas para o uso da água do Sistema Cantareira, uma vez que não há solução técnica de engenharia em curto prazo. Segundo ela, a agência tem a obrigação de tomar medidas de forma isolada, ou em conjunto com o DAEE para preservar o sistema, sob pena de responder pela omissão. O documento exige ainda que seja mantida vazão suficiente à jusante do sistema para evitar a mortandade de peixes no Rio Piracicaba..