Promotores do Meio Ambiente decidiram instaurar nesta terça-feira, 7, um inquérito civil para investigar se o governo Geraldo Alckmin (PSDB) gerenciou mal os recursos hídricos do Cantareira e como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fez uso da outorga renovada em 2004 para captar água do principal manancial paulista e distribuir na Região Metropolitana.
O inquérito foi distribuído para o promotor José Eduardo Ismael Lutti, que já havia manifestado interesse em esclarecer se a Sabesp ou o governo podem ser responsabilizados pela pior seca dos cinco reservatórios que formam o Cantareira.
No interior do Estado, duas promotorias já abriram investigações decorrentes da atual crise.
Questionado sobre a investigação do MPE, Alckmin disse que a situação climática é atípica e que o Estado se mostrou preparado para enfrentar a seca. "Nós estamos enfrentando na região Sudeste do Brasil a maior seca dos últimos 84 anos. Temos 22 milhões de pessoas na metrópole, passamos meses e meses de muito calor e sem uma gota de água, e não falta água, então o governo é preparado, nós temos uma estrutura excepcional", disse o governador.
Alckmin afirmou ainda que, desde o início da crise, o governo tem desenvolvido medidas para minimizar o problema. "Fizemos o bônus, agora estendemos para a Região Metropolitana. Acredito que, com o bônus estendido para a Região Metropolitana e com as obras que já estão prontas e as que serão concluídas, está todo mundo trabalhando para que a gente consiga superar a estiagem", disse.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..