Em seu depoimento, de cerca de 20 minutos, o desembargador, que já foi ouvido em outras etapas do julgamento, disse não se lembrar de ter ouvido disparos de armas de fogo no Pavilhão 9 antes da entrada da Polícia Militar no local. “Disparo não me recordo. Mas tinha muita balbúrdia”, disse.
O massacre ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos após uma invasão policial para conter uma rebelião de presos. A acusação defende que os presos estavam desarmados e rendidos quando a Polícia Militar entrou no Pavilhão 9 e que, portanto, os detentos foram executados pelos policiais. Já o advogado de defesa dos réus, Celso Vendramini, defende que os presos estavam armados e que houve um confronto com os policiais.
Garcia também negou ter visto corpos de presos no Pavilhão 9. “Nenhum civil teria visto isso. Somente os policiais ”, disse o desembargador.
Nesta fase do Tribunal do Júri estão sendo julgados 15 policiais do Comando de Operações Especiais (COE) pela morte de oito presos e duas tentativas de homicídio.