É como você colocar em julgamento os soldados que vão para a guerra e os mandantes ficarem totalmente fora de qualquer punição, diz o padre Valdir João Silveira, da Pastoral Carcerária Nacional. Não adianta punir os policiais se a estrutura que criou a política violenta da época é mesma que se mantém no poder.
Segundo ele, entidades de direitos humanos ligadas à Rede 2 de Outubro estão mais interessadas em um sistema de Justiça restaurativa, em que o agressor participa do processo de reparação do dano da vítima e reconhece o erro. Fomos convidados pelo o Ministério Público para participar do julgamento, mas não tínhamos interesse.
Para o promotor Márcio Friggi, é natural que as pessoas percam o interesse no processo ao longo dos anos. A baixa mobilização chamou a atenção da diretora do Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu. Não entendemos o que houve. Conversamos com outras entidades, mas elas não quiseram comparecer.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..