Os relatos obtidos são fruto de entrevistas realizadas ao longo de duas semanas com professores, diretores, alunos, pais e policiais civis e militares. A reportagem percorreu escolas em oito regiões: Brasília, Ceilândia, Paranoá, Guará, Taguatinga, Arapoanga e Planaltina. Em algumas delas, enfrentou a resistência dos profissionais em falar sobre o assunto.
Pela gravidade dos fatos ocorridos recentemente, o Centro Educacional Caseb, no Plano Piloto, e o Centro de Ensino Fundamental 209 (CEF 209), em Santa Maria, foram as primeiras instituições procuradas.
Nem mesmo a unidade do Batalhão Escolar, dentro da instituição, impediu a tentativa de assassinato contra João. Para Miriam Abromovay, especialista em violência escolar, isso é uma prova de que apenas a polícia não é solução para problema. “A escola se tornou desinteressante para os alunos. Eles precisam se sentir parte da construção do saber para zelar por ele.”.