A melhora nas chuvas é a principal explicação para a recuperação do nível dos reservatórios. Para abril, a previsão é que as afluências fiquem em 83% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste. Para efeito de comparação, a afluência em março foi de 64% nessas regiões. As chuvas no Sul e no Norte continuarão em níveis elevados, em torno de 120% e 98% da média histórica, respectivamente, no próximo mês.
O nível dos reservatórios ao final de abril é um dado importante porque o período de chuvas no Brasil se encerra no mês que vem. As projeções devem alimentar o temor do mercado sobre um possível racionamento de energia em 2014.
Isso porque o nível de 40,7% é inferior ao patamar de 43% que o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse ser necessário para garantir o fornecimento sem riscos até 2015. O tema foi amplamente discutido por analistas de mercado em relatórios no começo desta semana.
Surpresa
Mas há quem tenha uma visão menos pessimista da situação. Embora admita que a situação atual requeira cuidados, o diretor-presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, afirmou que o período seco, que se estende de maio a outubro, pode surpreender.
Ao analisar os últimos 10 anos, o executivo observou que as afluências em todo o País ficaram, na média, em 105% da média histórica durante o período.
Se esse comportamento se repetir no período seco deste ano, as simulações feitas pela companhia mostram que o nível de armazenamento de todo o sistema iniciará novembro em 40,5%, minimizando os riscos de um eventual racionamento.
Para alcançar esse nível, os cálculos da CPFL consideram o despacho térmico a pleno vapor - para a primeira semana de abril, a geração das térmicas deve somar 16,9 mil MW médios, excluindo da usina Angra 1, parada a partir de hoje para reabastecimento do combustível nuclear. Além da melhora da hidrologia, Ferreira disse que o sistema apresenta também melhores condições de afluência. As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo..