A primeira queixa veio de uma moradora que questionou Haddad, no meio da entrevista coletiva para a imprensa, sobre os motivos da extinção da AMA que existia no local onde foi implantada a Rede Hora Certa. Vocês abriram esse Hora Certa e tiraram a AMA, agora como a gente faz se tem uma dor de ouvido, dor de barriga?, perguntou ela. O prefeito tentou defender a unidade. Nós transferimos daqui para botar um hospital aqui dentro, senão você ia ficar na fila de cirurgia. O AMA foi transferido para dar lugar às salas cirúrgicas.
A argumentação não foi suficiente para convencer os moradores descontentes. Eles acabaram com a AMA e não transferiram para outro endereço. Agora, a gente tem que ir para a AMA Jardim das Oliveiras, que já tem muita gente e está recebendo mais procura agora.
Ele e outros manifestantes ficaram reunidos por mais de 30 minutos com Haddad em uma sala da unidade. Eles estão apresentando uma alternativa, mas uma coisa não exclui a outra, disse o prefeito sobre a proposta de traçado feita pelos manifestantes. Por fim, quando já entrava no carro oficial para deixar o local, Haddad ainda teve que enfrentar a revolta da uma moradora cuja filha ainda não havia recebido o uniforme escolar. Eu confiei em tu. Votei no PT, confiei no PT. Não voto mais, disse ela. Atrasou a licitação. Desculpa, disse o prefeito, sem graça.
A Secretaria Municipal da Educação disse que metade dos uniformes já foi entregue aos alunos e prometeu iniciar na semana que vem a entrega da outra metade. Sobre a AMA desativada, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que os profissionais foram transferidos para outras unidades de saúde da região e que a medida "melhorou a oferta de atendimento aos munícipes". A pasta disse ainda que a região conta com um pronto-atendimento e um hospital. Sobre o protesto contra o corredor, a SPTrans afirmou que o "projeto que está em licitação é a melhor alternativa", mas "considera estudar as sugestões apresentadas pela comunidade"..